sábado, 23 de outubro de 2010


" O SAPO E A ÁGUA QUENTE"




Adapto aqui um texto enviado pelo advogado Renato Pacca, que atribui sua autoria a um gerente de uma agência bancária em São Paulo:
Vários estudos biológicos demonstram que um sapo colocado num recipiente com a mesma água de sua lagoa fica estático durante todo o tempo em que aquecemos a água, mesmo que ela ferva. O sapo não reage ao gradual aumento de temperatura (mudanças de ambiente) e morre quando a água ferve.
Inchado e feliz.
Por outro lado, outro sapo que seja jogado nesse recipiente com a água já fervendo, salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo!
Às vezes, somos sapos fervidos. Não percebemos as mudanças.
Achamos que está tudo muito bom, ou que o que está mal vai passar – é só questão de tempo. Estamos prestes a morrer, mas ficamos boiando, estáveis e apáticos, na água que se aquece a cada minuto. Acabamos morrendo, inchadinhos e felizes, sem termos percebido as mudanças à nossa volta.
Sapos fervidos não percebem que além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas). E para que isso aconteça, há a necessidade de um contínuo crescimento, com espaço para o diálogo, para a comunicação clara, para dividir e planejar, para uma relação adulta. O desafio ainda maior está na humildade em atuar respeitando o pensamento do próximo.
Há sapos fervidos que ainda acreditam que o fundamental é a obediência, e não a competência: manda quem pode, e obedece quem tem juízo. E nisso tudo, onde está a vida de verdade? É melhor sair meio chamuscado de uma situação, mas vivos e prontos para agir.


Essa crônica eu li no blog do Paulo Coelho e aparece num momento que tem tudo a ver.
Talvez eu fosse um sapo fervendo aos poucos naquela água sem me aperceber e que o fim era: fritar.
Como diz o Paulo "...é melhor sair chamuscado, porém vivo e pronto para agir...".
Um degrau acima.

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