sexta-feira, 29 de janeiro de 2010



"INTERROGAÇÃO"





putz...

água mole em pedra dura, só molha a pedra...

e alguém pode escorregar...

tava só conversando com o off-line...

pronto pra ajudar...

no que for preciso...

afinal, este é o meu caminho...

fazer o que...

só o off-line me entende...

já que mudanças são milagres...

e milagres às vezes acontecem...

mas alguns só na outra encarnação...

pois nessa tá difícil...

mas o mundo é redondo...

como a skol...

mas nem sempre desce redondo...

mas a perseverança é uma virtude...

só que não sei o que é essa tal de virtude...

assim não sei se persevero...

ou sento na pedra e vejo os acontecimentos...

mas não sou de apenas assistir...

gosto de participar...

mas é difícil um canto dueto de uma só voz...

ou uma dupla sertaneja só com o agudo...

mas a vida é essa...

e é pra isso que estou aqui...

lutando talvez contra mim mesmo...

ou como escrevi no blog:

"Nem sei se quero saber se existem respostas para as perguntas que não fiz; as que fiz não espero respostas, pois já as respondi do meu jeito."

talvez não deva esperar respostas...

já que elas podem nunca vir...

ou eu não as veja...

sei lá...

é muito difícil lutar contra si mesmo...

ou contra seus próprios anseios...

quando seus sonhos não se concretizam...

quando suas expectativas não se materializam...

ou quando apenas tudo parece não ter valido à pena...

por melhor que vc faça...

por mais empenho que tenha...

por mais sinceros que sejam seus sentimentos...

assim como seus sonhos...

que sonhos ???

acho que deu...

era isso...


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"Repassando"

" De uma forma ainda indefinida entro num estado de narcose. Paralisia de sentimentos; de pensamentos. O agir toma um rumo da normalidade, mas os sentimentos estão confusos; misturados. Não definiria como uma balança pendendo, mas sim várias balanças em ritmos e estágios completamente distintos. Uma razão racional faz-me ponderar sobre os ocorridos, e agir de forma quase natural, enquanto os sentimentos borbulham num caldeirão de escolhas. Caminhos floridos pelos quais evito passar; e atalhos tortuosos onde insisto em manter meu rumo e prendo meus sentimentos. Outros caminhos são serenos, e sempre volto a eles quando meus pés doem. Em momentos confusos vejo-me diante de uma encruzilhada, onde todos os caminhos apontam, se apresentam, se abrem. Há um caminho florido, onde os pés descansarão num gramado macio, o odor das flores satisfaz aos sentidos e o gosto de mel aflora nos lábios. Na outra ponta há caminhos pedregosos, estreitos, incertos, e onde as flores são monocromáticas. Não há canto de pássaros. Os lábios às vezes ficam ressecados, com gosto de poeira. Estou com um pé em cada caminho desses, sem saber ao certo que rumo tomar. "
Floripa, 12.Jan.2010